Setembro: Mês da Bíblia
Parábolas de Jesus
Todo cristão tem uma paixão especial pelas parábolas
contadas por Jesus Cristo. Elas são riquíssimas de sabedoria, de
conselhos, de revelações a respeito de Deus e Seu reino, etc. Devido a
essa paixão que nutrimos, segue uma lista com algumas das
parábolas contadas por Jesus registradas nos evangelhos, a fim de que
todos possam utilizar essa lista para conhecer melhor cada uma dessas
parábolas.
Nesta lista também haverá o local em que se encontram na Bíblia,
facilitando, assim, o seu estudo. Além disso, você observará que as parábolas
estão grifadas em vermelho. Clicando nesse link em azul você poderá ler a
explicação dela para facilitar seu entendimento. Se você não sabe o que é
uma parábola, temos ainda um artigo explicando o que significa parábola. Aproveite!
O fariseu e o publicano (Lc 18.9-14);
O filho pródigo (Lc 15.11-32);
O rico sem juízo (Lc 12.16-21);
Os talentos (Mt 25.14-30);
Os trabalhadores da vinha (Mt 20.1-16);
1 - O bom samaritano
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O bom Samaritano Parábola (Lucas 10.29-37)
Evangelho
Seg. São Lucas que foi médico escritor e companheiro de
missão junto ao apóstolo São Paulo.
Parábola
Pequena estória que contém ensinamentos grandiosos com profunda
filosofia.
Certo
dia, um homem, interprete da lei se levantou com o intuito de por Jesus
a prova , disse-lhe: " Mestre, que farei para herdar a vida eterna
?"
Jesus
lhe respondeu com uma pergunta. Que está escrito na lei? Respondeu
ele : Amaras o Senhor teu Deus de todo o teu coração de
toda a tua alma de todas as tuas forças e se todo o teu entendimento
E
amarás o teu próximo como. A ti mesmo.
Disse
Jesus: "Respondeste corretamente
Fase
isto e viverás"
"E
quem é o meu próximo" - perguntou o fariseu
Jesus
então contou-lhe a seguinte estória.
Certo
homem descia de Jerusalém para Jerico, e veio a cair nas mãos
de salteadores.
Estes,
depois de tudo lhe roubarem e lhe causar muitos ferimentos, retiraram-se,
deixando-o semi morto.
Descia
por ali um Sacerdote que vendo o homem ferido e caído ao chão,
passou ao largo.
Semelhante
ao Sacerdote, passou um Levita, que descia por aquele lugar e vendo-o,
também passou ao largo
Certo
Samaritano, que seguia o seu caminho, passou perto e vendo-o compadeceu-se
dele.
Chegando-se
tratou-lhe as feridas, colocou-o sobre o seu próprio animal , levou-o
para uma hospedaria e tratou dele.
No
dia seguinte, tirou de sua bolsa, dois denários e os entregou ao
hospedeiro dizendo: cuida bem deste homem e, se alguma coisa a mais, eu
te indenizarei quando voltar.
Qual
destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu
nas mãos dos salteadores?
Respondeu-lhe
o interprete da Lei. O que usou de misericórdia para com o pobre
homem.
Disse
Jesus: "Muito bem, então vai e procede tu, de igual maneira."
2 - O fariseu e o publicano
O fariseu e o publicano
Lucas 18. 9-14
“9- Propôs também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros:10- Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano.
11- O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: Ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda como este publicano.
12- Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
13- Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, o pecador!
14- Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado.”
3 - O filho pródigo
A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO Evangelho de Lucas cap.15 vers. 11 a 32) |
11-
Certo homem tinha dois filhos ;
12-
o mais moço deles disse ao pai : Pai, dá-me
a parte dos bens que me cabe . E ele repartiu os haveres.
13-
Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu ,
partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo
dissolutamente.
14-Depois
de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a
passar necessidade .
15-
Então , ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra ., e este o
mandou para os seus campos a guardar porcos.
16-Ali,
desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam ; mas ninguém
lhe dava nada .
17-
Então, caindo em si, disse : Quantos trabalhadores de meu pai têm
pão com fartura, e eu aqui morro de fome !
18-
Levantar-me-ei , e irei ter com o meu pai, e lhe direi : Pai, pequei contra o céu
e diante de ti ;
19-
já não sou digno de ser chamado teu filho ; trata-me como um dos teus
trabalhadores
20-
E, levantando-se , foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o
avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou .
21-E
o filho lhe disse : Pai, pequei contra o céu e diante de ti ; já não sou
digno de ser chamado teu filho.-
22-
O pai, porém, disse aos seus servos :
Trazei
depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;
23-
trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemos-nos ;
24-porque
este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram
a regozijar-se
25-Ora,
o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da
casa, ouviu a música e as danças.
26-
Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo .
27-
E ele informou : veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado,
porque o recuperou com saúde .
28-
Ele se indignou e não queria entrar, saindo, porém, o pai procurava conciliá-lo.
29-Mas
ele respondeu a seu pai. Há tantos anos que
te sirvo sem jamais transgredir uma
ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos
;
30-vindo,
porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes , tu
mandaste matar para ele o novilho cevado
31-Então,
lhe respondeu o pai : Meu filho, tu sempre estás comigo ; tudo o que é meu é
teu.
32-Entretanto,
era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse
teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado .
Lição
que extraímos :
Nesta
parábola, o Senhor ensina que uma vida de pecado e de egoísmo, no seu sentido
cabal, é a separação do amor, comunhão e autoridade de Deus. O pecador ou
desviado é como o filho mais jovem da parábola, que em busca dos prazeres do
pecado, desperdiça os dotes físicos, intelectuais e espirituais que Deus lhe
deu . O
resultado é desilusão e tristeza e, as vezes , condições pessoais
degradantes, e, sempre, a falta da vida verdadeira e real, que somente se
encontra no relacionamento correto com Deus.
Antes
de um perdido vir a Deus, ele precisa reconhecer seu verdadeiro estado, de
escravidão do pecado e de separação de Deus.
Precisa voltar humildemente ao Pai, confessar seus pecados e estar
disposto a fazer tudo quanto o Pai quiser.
É o Espírito Santo quem convence o perdido pecador da sua situação
pecaminosa.
A
descrição que Jesus faz da reação favorável do pai, diante da volta do
filho, ensina várias verdades importantes :
(1)
Deus tem compaixão dos perdidos por causa da triste condição deles .
(2)
o amor de Deus por eles é tão grande que nunca cessa de sentir pesar
por eles e esperar a sua volta
(3)
Quando o pecador, de coração, volta para Deus, ele sempre está
plenamente disposto a acolhê-lo com perdão, amor, compaixão, graça e os
plenos direitos de um filho. Os benefícios da morte de Cristo, a influencia do
Espírito Santo e a graça de Deus estão à disposição daqueles que buscam a
Deus.
(4)
A alegria de Deus pela volta dos pecadores é imensurável.
morto...perdido- “Perdido” é
empregado no sentido de estar perdido em relação a Deus , como “ovelha
desgarrada”. A vida afastada da comunhão com Deus é morte espiritual.
Voltar-se para Deus é alcançar vida verdadeira.
No
versículo 28- O filho mais velho se indigna, O filho mais velho representa
aqueles que têm sua religião e que exteriormente guardam os mandamentos de
Deus, porém interiormente estão longe d'Ele e dos seus propósitos para o seu
reino.
4 - O rico sem juízo
O rico sem juízoLUCAS 12.13-21
Um homem que estava no meio da multidão disse a Jesus: - Mestre, mande o meu irmão repartir comigo a herança que o nosso pai nos deixou. Jesus disse: - Homem, quem me deu o direito de julgar ou de repartir propriedades entre vocês? E continuou, dizendo a todos: - Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas. Então Jesus contou a seguinte parábola: - As terras de um homem rico deram uma grande colheita. Então ele começou a pensar: Eu não tenho lugar para guardar toda esta colheita. O que é que vou fazer? Ah! Já sei! - disse para si mesmo. - Vou derrubar os meus depósitos de cereais e construir outros maiores ainda. Neles guardarei todas as minhas colheitas junto com tudo o que tenho. Então direi a mim mesmo: Homem feliz! Você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se. Mas Deus lhe disse: Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou? Jesus concluiu: - Isso é o que acontece com aqueles que juntam riquezas para si mesmos, mas para Deus não são ricos.
5 - Os talentos
A PARÁBOLA DOS TALENTOS
( Evangelho
de Mateus cap. 25 vers. 14-29 )
14- Pois será como um homem que, ausentando-se
do país,
chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens.
15- A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro ,um a
cada um segundo a sua própria capacidade; e, então,
partiu.
16- O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a
negociar
com eles e ganhou outros cinco.
17- do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois.
18- Mas o que recebera um , saindo, abriu uma cova e
escondeu
o
dinheiro do seu senhor.
19- Depois de muito tempo , voltou o senhor daqueles servos
e
ajustou contas com eles,
20- Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos,
entregou
outros cinco, dizendo : Senhor , confiaste-me cinco talentos ;
eis aqui outros cinco talentos que ganhei.
21- Disse-lhe o Senhor : Muito bem, servo bom e fiel ;
foste fiel no
pouco , sobre o muito te colocarei ; entra no gozo do teu Senhor .
22- E, aproximando-se também o que recebera dois talentos
; disse :
Senhor, dois talentos me confiaste ; aqui tens outros dois que
Ganhei .
23- Disse-lhe o Senhor : Muito bem, servo bom e fiel; foste
fiel no
pouco, sobre o muito te colocarei ; entra no gozo do teu Senhor.
24- Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse :
Senhor ,
sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste
e
ajuntas
onde não espalhaste,
25-receoso, escondi na terra o teu talento; aqui o que é
teu .
26-Respondeu-lhe, porém, o senhor : Servo mau e
negligente, sabias
que
ceifo onde não semeei e ajunto onde espalhei ?
27- Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos
banqueiros;
e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.
28- Tirai-lhe , pois, o talento e daí-o ao que tem dez.
29- Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância
; mas ao
que não tem, até o que tem
lhe será tirado.
30- E o servo inútil,lançai-o para fora, nas trevas. Ali
haverá choro e
ranger de dentes.
Lição que extraímos :
Quanto á conta dos talentos temos nesta parábola , a quem um homem
encomendou diferentes conjuntos de coisa de valor :
riquezas, haveres , etc.
para que negociassem com eles, enquanto fazia uma certa
jornada. O homem
é Cristo , a jornada foi a de sua subida ao céu e a
tornada há de ser no dia do Juízo,
em que há de pedir conta a cada um , do que negociou com
os talentos que lhe deu,
e do que lucrou e ganhou com eles. Os talentos são os meios com que a Providência
Divina assiste a todos os homens, e a cada um para a sua
salvação e perfeição.
Quão exata pois haja de ser esta conta , e quão rigorosa para os que
usarem mal o
talento. Os
servos , a quem o homem (Cristo)
fiou os talentos , eram três : ao
primeiro entregou cinco, o qual granjeou outros cinco; ao
segundo entregou dois, o qual
granjeou dois, e ambos foram louvados . Ao terceiro deu um
só talento, o qual ele enterrou.
E posto que na conta o ofereceu outra vez e restituiu
inteiro, porque não tinha negociado com ele, nem adquirido coisa alguma , o
homem (Cristo) não só o lançou fora de casa e o mandou
privar do talento, mas o pronunciou por mau servo, que foi
a sentença de sua condenação.
E se quem na conta torna a entregar o talento que Deus lhe
deu inteiro e sem defraude se condena;
que será dos que o desbaratam e
perdem e talvez o convertem contra si e contra
o
mesmo Deus.
Não só são talentos os dotes da natureza, os bens da fortuna e os dons
particulares da
graça ; o ilustre nascimento, senão o humilde; não só
as dignidades altas, senão o lugar e ofício abatido, não só as riquezas, senão
a pobreza, não só o descanso, senão o trabalho.
Finalmente nas graças ou dons da graça, não só é graça
o dom de línguas , mas o não saber
falar , ou ser mudo; não só o das letras e ciências ,
senão o da ignorância. A razão
desta verdade interior e providência verdadeiramente divina, é, porque todas
estas cousas, posto
que entre si contrárias , podem ser meios, que igualmente
nos levam à salvação e promovam à virtude, principalmente sendo distribuídos
por Deus e aplicados conforme o gênio de cada um, que por isso diz o texto, que
foram dados os talentos.
6 - Os trabalhadores da vinha
“
«Pois o reino dos céus é
semelhante a um proprietário que saiu de madrugada a assalariar
trabalhadores para a sua vinha. Feito com os trabalhadores o ajuste de
um denário por dia, mandou-os para a sua vinha. Tendo saído cerca da hora terceira, viu estarem outros na praça desocupados e disse-lhes: Ide também vós para a minha vinha e vos darei o que for justo. Eles foram. Saiu outra vez cerca da hora sexta e da nona, e fez o mesmo. Cerca da undécima, saiu e achou outros que lá estavam e perguntou-lhes: Por que estais aqui todo o dia desocupados. Responderam-lhe: Porque ninguém nos assalariou. Disse-lhes: Ide também vós para a minha vinha. À tarde disse o dono da vinha ao seu administrador: Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos e acabando pelos primeiros. Tendo
chegado os que tinham sido assalariados cerca da undécima hora,
receberam um denário cada um. Vindo os primeiros, pensavam que haviam de
receber mais; porém receberam igualmente um denário cada um. Ao
receberem-no, murmuravam contra o proprietário, alegando: Estes últimos trabalharam somente uma hora e os igualaste a nós, que suportamos o peso do dia e o calor extremo. Mas o proprietário disse a um deles:
Meu amigo, não te faço injustiça; não ajustaste comigo um denário? Toma
o que é teu, e vai-te embora; pois quero dar a este último tanto como a
ti. Não me é lícito fazer o que me apraz do que é meu? Acaso o teu olho
é mau, porque eu sou bom. Assim os últimos serão primeiros, e os
primeiros serão últimos.» (Mateus 20:1-16)